A Junta/ História da Freguesia

 

 

População: 727 habitantes (pelos Censos 2001)

 

Actividades Económicas: Agricultura e pecuária.

 

Festas e Romarias: S. Miguel (29 de Setembro), S. Miguel-o-Anjo (2 de Agosto), Santo André ( 30 de Novembro), Santa Comba (2 de Maio) e Senhora da Misericórdia (1.º domingo de Setembro).

 

Orago: São Miguel

 

Património cultural e edificado: Igreja paroquial, pelourinho, Casa Solar da Mota, Casa de Vila Nova e Quinta do Hospital.

 

Outros locais de interesse turístico: Serra de S. Miguel-o-Anjo.

 

Colectividades: Associação Cultural Desportiva e Recreativa de Prado S. Miguel e Rancho Folclórico.

 

Dista 7 Km da sede do concelho, abrangendo uma área aproximada de 535 hectares.

Foi abadia da mitra arquiepiscopal no extinto concelho de Pico de Regalados, cujo foral, mandado passar por D. Manuel I, em 1513, lhe faz referência. O concelho de Vila Verde, em território um dos maiores não só do distrito de Braga mas da província do Minho, foi criado em 24 de Outubro de 1855. Organizaram-no à custa de outros extintos anteriormente ou na mesma data: Aboim da Nóbrega, Pico de Regalados, Vila Chã e Larim, Penela e Prado. Pico de Regalados, primitivamente um couto dado por D. Afonso Henriques ao arcebispo de Braga D. Paio Mendes, foi tido como dos mais antigos e aristocráticos concelhos do País. Nas Inquirições de 1258, mandadas fazer por D. Afonso III, já o julgado de Regalados era composto por vinte freguesias. D. Manuel concedeu-lhe foral em 13 de Novembro de 1513. Dele foram donatários os Abreus, que ali tiveram residência própria.

Foi um primitivo povoado pré-romano, passando a ser habitado após a dominação romana. Inúmeros objectos testemunham este facto, desde cerâmica a moedas de vários imperadores. Os romanos terão utilizado Prado para protecção das legiões que transitavam pela via militar que, através de Ponte de Lima, Valença e Tui, ligava a cidade de Braga à de Astorga. Seria, assim, um posto de segurança num ponto considerado bastante vulnerável.

A partir do século XII aparece como realidade histórica e sede de uma vasta região com plena autonomia administrativa. Há crónicas que registam duas doações feitas por D. Afonso Henriques — infante — ao arcebispo de Braga D. Paio Mendes, certamente em retribuição do valioso auxílio que este prelado lhe dispensou para a realização do seu sonho de independência: uma em 1132 de um quarto da Igreja de S. Pedro de Moure, julgado de Prado, e outra no ano seguinte de alguns bens destinados ao Mosteiro de Santo António, em terra do Prado.

No Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular, de Américo Costa, estavam registados na freguesia de S. Miguel do Prado os seguintes lugares: Aldar, Baceiros, Cabeça de Cão, Cabrita, cachada, Carves, Codeçal, Colheita, Costa, Figueirinha, Fojo, Manão, Mendiz, Paranhô, Pelourinho, Pena, Porta, Prado, Presa, Roupar, Sardoal, Tarrio, Vila Nova e Vilela.

À história desta freguesia está ligada D. Francisca Barbosa. Esta, foi esposa de Manuel Azevedo da Mota, da Casa Solar da Mota, de Prado S. Miguel. Levou de dote de casamento a Casa de Vila Nova, também nesta freguesia.

 

Bibliografia

 

Dicionário Enciclopédico das Freguesias 1º Volume (Braga-Porto-Viana do Castelo) –MinhaTerra (Estudos Regionais de Produção e Consumo, Lda)